Sábado, 30 de Setembro de 2006

O livro refulgente!

 

A liberdade e independência são, cada vez mais, móbeis para um fim abjecto. Pairam nas nossas sociedades como princípios absolutos, impedindo a percepção de que se transformam em paliativos que ludibriam as nossas convicções inabaláveis. Li o livro “Clube de Bilderberg”, indignação ou estupefacção são restritivos eufemismos do que senti. O livro eleva-se ao carácter de Bíblia dos atentos, minimizando a solidão dos que se preocupam com a sua autonomia e respectiva extensão. Não sendo detentor de credibilidade inquestionável e abrindo brechas À discussão, o facto é que se impõe perante qualquer renitência pela comprovação constante do que advoga.

O livro é a teorização do que, actualmente, é indissociável de um país desenvolvido: o controle. Anteriormente relacionado à entidade suprema, o Estado, depois do livro, fungível a uma elite internacional. O facto é que por ignorância de meros civis só atingimos o intermediário, e não tomamos consciência que a Existência é o brinquedo de uma minoria omnipresente. A agilidade com que se rejeita o que ameaça os nossos dogmas torna dispensável a enumeração dos que incorporam este clube, assim como as instituições que exteriorizam os seus ditames. Preponderante é reclamar pela objectividade. Sucumbimos demasiado tempo À confortável limitação do comum humano. É inegável, e demonstrável, a forma como somos conduzidos a cumprir algo pelo seu carácter positivo, sem antes dissecarmos as suas consequências abjectas. A vida é um teatro. Somos os actores e, simultaneamente, espectadores de uma cena comandada por uma elite e poder de que está revestida. Inexplicavelmente difícil de condenar, quanto mais desmantelar pela acuidade e sagacidade com que se omite. Dissipa-se nas instituições, governos e influentes que reflectem as suas directrizes na política que preconizam; é uma rede que se expande e prolifera por todo o Mundo clarividente, tornando infrutífera a voz isolada: As organizações que lhe estão subordinadas pertencem a todos os alicerces da sociedade de massas (meios de comunicação, ONG, cultura…); Os seus membros são ícones da política e sapiência estorvando a verosimilhança da frivolidade dos seus objectivos; Tónica, ainda, para a capacidade de liderar e comandar. Refugia-se no que hoje é oxigénio: segurança e protecção. A necessidade de sobrevivência serena da Humanidade receosa aniquila a imperatividade de pugnação perante a destruição do que nos caracteriza como Humanidade. Estamos de tal forma ébrios pela naturalidade dos seus instrumentos que não vemos como somos dirigidos. O espaço de decisão está confinado ao medo, que nos impingiram como diário. Os pais põem chips aos filhos; as câmaras de vigilância são triviais, intrometendo-se nos locais mais íntimos; lidamos com a possibilidade de se imiscuírem na nossa privacidade porque outro valor mais alto se levanta: a nossa segurança; não viajamos sem sermos altamente inspeccionados; julgamo-nos despercebidos pelo anonimato da nossa vidinha, mas somos os meios e o fim de qualquer coisa absolutamente ignóbil. A insipiência causada pela carência de informação consubstancia-se na concordância com medidas que contribuem para a aparente harmonia conjunta. E por isso permitimos e corroboramos, mesmo sentindo que nos reduzem a autómatos. As implicações parecem inócuas pela particularidade de cada medida. A leviandade com que confinamos os acontecimentos à História e correspondente contexto, refuta a analogia a outros tempos. As ditaduras assumem-se como obsoletas e ultrapassadas. E pergunto? Quais são as aspirações com que nos aliciam? Os objectivos sintetizam-se no ideal de bem-estar geral, os meios são o aperto da vigilância e a rigidez no controle; O resultado: um despotismo oligárquico bem camuflado pela suposta efectividade da democracia.

Estamos inebriados pela bondade desta política dirigista porque achamos visar a qualidade de vida. Cegos pela comodidade ilusória não vemos como nos submetem ao planeamento de um agregado restrito. Pior que não ver é não querer ver! Consideramos risíveis tais asseverações pela similitude a um filme de acção. Por outro lado os que apregoam a nossa defesa são tidos como mártires de uma teoria da conspiração agudizando a distância ao que é óbvio. Fotos, os testemunhos e dissidentes que foram membros integrantes destroem a associação a complô e ultraje, documentando o que se atesta. Resta-nos escolher, pelo menos, a passividade ou tenacidade!


publicado por portalegreeomundo às 13:38
link do post | comentar | favorito

A mudança é inseparável da identidade!

 

Há Dias folheava um jornal conceituado no meio da imprensa pátria e deparei-me com uma situação, que para mim ainda é, excêntrica. Portalegre em grande plano, como a cidade onde iria decorrer um conjunto de concertos dignos de publicidade ao nível nacional. Paralelamente à satisfação que me atravessou por ver que o anonimato como característica já é obsoleto, extraí todas as elações possíveis que o acontecimento suscitava.

Erradicando qualquer pessimismo que pode estar associado, a verdade é que existe uma proximidade entre Portugal e Portalegre no que diz respeito ao papel de protagonistas. Ou não aparecem, sendo relegados ao desprezo; ou surgem por motivos de forma alguma satisfatórios. Constatar que esta tendência deixou de ser inevitável, é realmente inefável. Portalegre emancipa-se! Os assuntos que antes, pareciam, transcender as preocupações da cidade, começam a fazer parte do seu quotidiano, como a cultura. Recentemente, foram criadas conjunturas propícias ao incremento cultural citadino e social. Eventos reconhecidos e com projecção invadem Portalegre e os edifícios compatíveis com a dimensão dos projectos que recebem são agora uma verdade visível em Portalegre. A cidade ousou, resta aos seus habitantes fundamentar essa audácia. A presença e enchentes não se podem confinar à novidade, mas devem presentear todos os acontecimentos com salas a transbordar. Assim, a Câmara, responsável pela agenda cultural, tem de manter o nível dos eventos alimentando a vontade dos Portalegrenses dependerem do que sacia a essência: a cultura. A efemeridade não pode ser o destino de mais um projecto intrépido. Caso tal acontecesse, a culpa seria plural para não variar! Pois se o vazio substituísse a adesão maciça a este ímpeto cultural, viria novamente à superfície o masoquismo de permanecer incólume ao crescimento e desenvolvimento. A cultura, importante lembrar, também é um dos principais sintomas de evolução, tanto a sua existência como o apoio exterior. A qualidade é o critério premente para a valorização e esse é um pressuposto indissociável das agendas culturais de Portalegre.

Impossível de negar, foi todo o sentimentalismo que me invadiu na altura, confesso. Juntamente à racionalidade equâmine, apoderaram-se de mim emoções imanentes ao contexto da notícia. Portalegre já se impõe ao País, sem para isso ser preciso um acontecimento ominoso. Em conjunto com as notícias que os conterrâneos transportam, Portalegre aproxima-se da diáspora alentejana de outras formas tão eficazes quanto a vontade dos que cá vivem não a deixarem cair no esquecimento.

O acontecimento pode ser reduzido à sua banalidade ou elevado à sua vastidão de corolários. Esta é mais uma oportunidade para contrapor o protótipo de até então. Sem se desprender das raízes culturais que a identificam, Portalegre inicia um processo simultâneo de recepção de outras vertentes culturais. Igualmente fundamentais uma vez que colmatam necessidades intelectuais de outras índoles. Satisfazem a multiplicidade de interesses sem para isso ser preciso descaracterizar-se. A distância com a actualidade cultural vai desaparecendo e não se sente que estamos a anos-luz do filme que saiu, teatro ou concerto. O nosso registo começa a ser a proximidade com o instante! Assim e subscrevendo Lavoisier, Portalegre não precisa de morrer para renascer, apenas de se transformar

publicado por portalegreeomundo às 13:37
link do post | comentar | favorito
Quarta-feira, 27 de Setembro de 2006

Religião renega o papel secundário!

 

Trespassamos um dos períodos mais complexos e, consequentemente, angustiantes de todos os tempos. A procura de uma orientação e localização certeira de instituições, organismos e serviços; ideologias, crenças e posições…afoga-nos numa confusão inaudita e desconcertante. Mais do que nunca as palavras ferem e incitam a matar, destruir, magoar e aniquilar. A importância de quem as profere é parcial, preponderante é o seu conteúdo. Especialmente quando o receptor espera ansiosamente pela oportunidade de as manipular e corromper.

Desde há muito que a laicidade é um requisito para as democracias. Não obstante aos resquícios religiosos que ainda possam existir nesta forma de governar, o facto é que agora se procura o afastamento definitivo. Contudo é, igualmente, um facto (e este ameaçadoramente inelutável) que, independentemente da parcela do Mundo e correspondente estado de desenvolvimento, a religião (seja ela qual for) ainda detém um papel fundamental. Sob todos os crentes, mas também sob todos os outros.

Ilustrativo desta situação inegável, foi a reacção ao discurso do Papa Bento XVI. Antecedente À crítica, há que atender À forma como três frases compreendidas num tempo e num espaço, enquadradas num contexto específico provocaram um corrupio generalizado. Meios de comunicação, estadistas, políticos, igrejas e outras religiões, propuseram-se no imediato a interpretar, extrapolando ou desculpando, as palavras de Sua Santidade. E tudo porque vivemos num período conturbado politicamente, socialmente e economicamente, mas essencialmente, destabilizado religiosamente. Irónico é verificar que na fase em que a Humanidade insiste na separação contundente, a religião insurge-se como fomento de todas as restantes instabilidades. Seja álibi ou facto; motivo verídico ou mero revestimento, a verdade é que isto sucede em pleno séc. XXI, onde de uma forma bárbara se voltam a falar dos Cruzados e Conquistas, Impérios e hegemonias eclesiásticas, materializando com ataques estas aspirações.

No que diz respeito ao Papa, entidade suprema da igreja católica, é inolvidável a falta de sensibilidade na escolha do excerto. Era, indubitavelmente, uma parte recheada de adversidades e, por isso, propícia a ferir susceptibilidades, suscitar radicalismos e rejeições. Contudo e apesar da falha reconhecida, também houve de quem ouviu a vontade de circunscrever a mensagem ao seu sentido estrito. Daqui ao incêndio de igrejas, comparação com os desenhos de Maomé ou acusação do Papa como mais um que contribuiu para a beligerância entre religiões, foi um passo. Ignóbeis foram todas estas inerências, pois evidenciam a avidez de conflito e a aversão ao apaziguamento dos Ânimos. É vergonhoso que um homem fique marcado e seja culpado pela frivolidade do conjunto.

Desta forma, recai também sobre os líderes mundiais, personalidades e mentores de multidões aproveitarem-se da influência de maneira a contrariarem esta tendência de violência que se iniciou na terça-feira e não acabou, nem acalmou. Simultaneamente À obrigação de segurar estes movimentos, surge a necessidade de reflectir e tirar elações. Tal acontecimento não pode ser circunscrito à sua particularidade, tem de ser visto como mais um reflexo da irritabilidade e anelo de concretizar estas hostilidades crescentes, aproveitando-se de tudo!


publicado por portalegreeomundo às 23:08
link do post | comentar | favorito

...

A coerência virou quimera!

 

 

 

Os E.U.A asseveram-se apogeu da democracia e seus corolários. Inalienáveis desta forma de governo são: a laicidade, independência e liberdade de expressão. A secularização de um estado obriga a uma inquestionável separação entre o poder temporal e poder espiritual. A liberdade de expressão confere o direito aos cidadãos de se pronunciarem sem receio de adversidades. A independência impele À autonomia estatal e capacidade de governação dentro das fronteiras do Estado em questão.

Tendo em mente estes requisitos primários imanentes a uma democracia e lembrando a conduta americana nestes tempos precedentes, não pude deixar de me indignar com uma reportagem desconcertante. Aqueles que se assumem profetas da democracia são, igualmente, responsáveis por contradições gritantes no seio do país. A reportagem (realizada por uma televisão credível e conceituada) propunha-se a evidenciar as clivagens entre o que preconizam e o que cometem. De entre muitas entrevistas com membros da administração Bush e investigação a inúmeros documentos que fundamentam o que os anteriores advogavam, passei a saber que a censura é um hábito e a promiscuidade entre religião e politica uma trivialidade.

Além de outros aspectos dignos de perplexidade, a administração americana reza antes de qualquer reunião (ou direi concílio?) invocando inspiração e aprovação divinas; todos os relatórios realizados por peritos e encomendados pela administração americana, sobre assuntos como o ambiente, são previamente sujeitos a uma rígida censura; Não é de forma alguma aceitável que em pleno século XXI e num dos países com remota tradição democrática se cometam estes ultrajes. A laicidade é um alicerce irrevogável e não um conceito volátil À fé de cada Presidente. A censura é um opróbrio À democracia porque o intuito é a manipulação da população. Não a protecção! O risível é que os mencionados relatórios são feitos por pessoas escolhidas pela competência no âmbito que se especializaram. Indivíduos que sabem o que afirmam. A revisão mortífera destina-se a outros membros da mesma administração, por norma advogados e diplomatas. Duvida-se da imparcialidade e veracidade dos que estudam, confia-se na clarividência dos néscios naquela matéria. As consequências são as previsíveis. Qualquer opinião antagónica À imagem de harmonia passada por Bush é destruída. Sendo, ainda assim, membros eleitos pela própria administração todos os dissidentes são exonerados e desacreditados. Os seus alertas confinam-se À esterilização. Os que se resignam perante a capacidade de um governo insipiente resta-lhes a obscuridade.

No fundo os mentores da Paz e Democracia, E.U.A, são o que afirmam pugnar: teocracias despóticas. A conduta interna reflecte as directrizes da política externa: perseguição das vozes dissonantes, alegando o bem da Nação ou do Mundo.

As pretensões draconianas que têm são ameaçadoras. Pois o desfecho é nitidamente a unanimidade com a sua política e objectivos. A passividade do restante Ocidente não augura nada de bom. Todos corroboram e participam destes intuitos frívolos, cuja ambição é controlar de todas as formas a Humanidade. O refúgio que os protege é poderoso, não só pelo argumento como pelas caras que o sustentam. Os E.U.A são os mártires de uma teoria da conspiração. Infelizmente o verosímil depende sempre do prestígio, e por isso, o mero comum que alegue todas estas coisas é desprezível e fala sem conhecimento de causa, coitado!

Assim as pandemias que outrora resolvemos contaminam os alicerces que temos como efectivos. A verdade é que combatemos o inimigo erróneo, Bush e os que consigo cooperam são apenas uma componente do veneno. O antídoto é a insubordinação e resistência ao controle maciço que é cada vez mais óbvio. Não subestimemos as nossas conclusões.

 


publicado por portalegreeomundo às 23:07
link do post | comentar | favorito

A Espanha e a sua pretensão a divina Nação!

A Espanha volta a ser objecto de controvérsia e a protagonista é novamente a política ambivalente de um Governo peculiar. Com a norma instaurada, existe agora uma fórmula (estipula o peso certo em função da altura) que impõe aos modelos a adaptação aos requisitos saudáveis para exercerem a profissão. A polémica surge pela diversidade de consequências que poderá suscitar. Não se confinando ao Âmbito de um domínio, o da moda, e afectando a sociedade em geral, torna-se imprescindível a sua análise.

Difícil de restringir ao proveitoso ou nefasto, porque, e para não destoar do habitual, joga dos dois lados. A anorexia e bulimia são cataclismos das sociedades actuais. Para lá de todo o seu foro superficial, são enfermidades que revelam a dificuldade do indivíduo viver consigo próprio. Impossível de menorizar porque a solução transcende os efeitos de um medicamento ou persuasão dos médicos, família ou amigos. Não se circunscreve a um sexo ou protótipo; idade ou extracto social; e ameaça qualquer ser humano em formação e mutação.

No que diz respeito ao lado positivo da medida, a sua parcela é considerável. São doenças psicológicas cujas consequências se reflectem na aspiração a formas perfeitas. Assim e tendo em conta que a moda é assumida como referência, o facto de se alterarem os seus pressupostos contribuirá, obrigatoriamente, para a alteração do tido como paradigma. Sendo os pesos, números de roupa e aspecto coincidentes com o critério do salubre, o padrão aceite como normal seria convergente com o saudável. Contudo e pelo facto do físico ser apenas o reflexo da destabilização psíquica, a mesma medida carrega também um grande fardo de negativismo. Coagir agências e profissionais a respeitarem medidas é uma tentativa simplista de resolver um padecimento grave. Tenta-se erradicar o “cancro” insistindo apenas numa das suas ramificações. Uma vez que, e ao contrário do que se pretende passar, o problema concentra-se no interior do individuo e não no que o envolve. Soluções exteriores para um problema interno são paliativas. Ilusão de que se está a tomar uma posição contundente. Não subestimando as boas intenções do executivo congénere, esta é uma providência menor com premissas erróneas. A formação, educação e apoio; responsabilização das instituições que acompanham o crescimento; e, sobretudo, a consciencialização de que os arquétipos, princípios e valores têm de estar de acordo com o nosso bem-estar e não adequados ao aceitável pela maioria é o caminho verdadeiramente salutar. Isto, claro, se o objectivo for a doença e não o incremento da hegemonia estatal.

É, assim, curioso constatar como uma disposição específica caracteriza uma linha política típica de Zapatero. À semelhança das leis anti-tabagismo, anti-obesidade, anti-poluição, esta é mais uma que transparece a tentativa de manipulação do Estado em detrimento da valorização do poder do ser humano. Constrói-se a redoma cujo intuito é a protecção do cidadão, impelindo-o a respeitar normas que o diminuem como ser dotado de faculdades. A autonomia é substituída pela a automatização. A sociedade aproxima-se da perfeição, mas o indivíduo míngua em independência pessoal e crítica. O objectivo, julgo eu, não é criar seres dependentes de uma panóplia de leis e seus imperativos, mas fomentar o poder do sujeito, se possível catalisando-o.


publicado por portalegreeomundo às 23:06
link do post | comentar | favorito
Sexta-feira, 15 de Setembro de 2006

Já aspira altitude…

 

Vagueio por Portalegre e respiro ambição de ser maior e melhor. A cidade cresce quantitativamente e qualitativamente. Os bairros surgem, as ruas prolongam-se, os condomínios alastram-se…o que pressupõe incremento da população e, por conseguinte, desejo de alguém ou de muita gente aqui permanecer e constituir vida. Percorrendo todas as pontas da cidade constata-se o ímpeto de crescimento e, não obstante ao carácter superficial da situação por se tornar habitual, o facto é que muito quer dizer. Mais do que um aglomerado de apartamentos, infra-estruturas ou casas, todas estas construções arquitectónicas traduzem o desejo de ficar em Portalegre. Construir mais significa ser mais. A nossa cidade amplia e refuta a tendência do abandono inelutável do interior. E para lá do desejo de estar perto da família ou apego à terra; integração nas características do local ou simplesmente alternativa; a verdade é que Portalegre alberga e espera mais gente porque se transformou e, agora, se situa num plano acima do Alentejo envelhecido e estagnado. Sorrateiramente começa a fugir do estigma, deixando de estar circunscrita ao Âmbito de cidade arrastada.

Os sinais não se cingem ao nascimento de inéditas partes habitáveis, mas também ao aperfeiçoamento e melhoria do que já existia. Depois de todas as ofensas e ataques aos governantes locais pelos transtornos sonoros e de mobilização, eis que renasce a cidade. Com uma fisionomia díspar da precedente e inerentemente com intuitos divergentes. O que se pretende progressivamente é a irradiação da circulação dos transportes públicos e o desaparecimento do trânsito privado. Portalegre mais limpa, saudável e movimentada. O Protocolo de Quioto não nos abrange, mas nós também não esperamos por pressões ambientais. É um facto indiscutível que a satisfação ainda é miragem! Apesar dos parques de estacionamento já serem vários e se encontrarem centralizados; haverem autocarros e mini-autocarros que se adaptam aos horários dos estudantes, trabalhadores e turistas passando em pontos específicos pontualmente e frequentemente; existir uma rede rodoviária com horários estipulados e intercalados que colmata a distância do centro… ainda há muito por fazer. Por exemplo, apostar veemente nesta dualidade do transporte aliado ao ambiente; impedir a circulação dos carros e motorizadas no centro, criando alternativas que não prejudiquem a autonomia do indivíduo; de uma forma geral, exercer descriminação positiva a quem adere a esta iniciativa de oxigenar e libertar Portalegre dos carros, buzinas e cansaço. As medidas podem passar pela simplicidade: preços acessíveis a quem opta pelo transporte público em detrimento da comodidade particular; preços igualmente irrisórios nos parques de estacionamento, de maneira a que se opte por deixar o carro no mencionado local enquanto se encontra na cidade, deslocando-se a pé; meios para os que moram nos arredores (e não só nas terras contíguas) optarem pelo transporte público, permitindo a estes preterirem, também, do transporte individual. Claro que é indispensável e absolutamente crucial que exista a ligação custo/benefício e que o último supere o primeiro, como mandam as leis da economia, para que exista vontade de contribuir.

Assim e como seria de prever o esforço é indissociável do progresso e tem de partir da Câmara, da cidade, dos serviços e entidades locais, mas, simultaneamente, da população. Intrínseco ao ser humano é a crítica e ao cidadão a contestação. Por tendência pugnar é um hábito, já reconhecer responsabilidade é esporádico. É fulcral que os Portalegrenses interiorizem o papel que detêm neste plano de mutação para o desenvolvimento. E, concomitantemente à indignação e revolta com o que está mal, proporcionem e fomentem o que está bem. Abdicar do nosso egoísmo é, em parte, contribuir para a sanidade citadina e, consequentemente conservar a qualidade de vida de todos e de cada um!


publicado por portalegreeomundo às 12:21
link do post | comentar | favorito

O “Sol” nasce e os dias esperam-se diferentes!

 

No Sábado aparecerá no horizonte dos “media” um novo sol. Excluindo qualquer intenção publicitária que poderá ser subentendida, o que pretendo com este consumar de facto é analisar e expor todas as suas inerências.

Inalienável da sociedade, desde há muito, é a presença dos meios de comunicação no nosso quotidiano profissional, familiar, cultural e social. Assumem desde o seu início um papel preponderante e algo controverso, na medida em que paralelamente À isenção e imparcialidade que lhes é impingida, conseguem uma influência inolvidável sob a população, massas e elites. Não obstante À intrepidez e desafio subjacentes a este dualismo, a verdade é que têm em mãos um compromisso com a sociedade em geral. Com os que lêem,vêem e ouvem; com os que não lêem, vêem e ouvem; com os que desistiram de o fazer e com os que começaram a fazê-lo. Mais do que em qualquer outro período da sua existência, os meios de comunicação atravessam tempos de uma aguerrida luta. Batalha por um lugar. Os adversários, além dos rivais reconhecidos (como outras estações televisivas, rádios ou jornais), são: a versatilidade, volatilidade e efemeridade. A beligerância suprema é, indiscutivelmente, consigo próprios, na fidelidade e constante veracidade ao que pretendem ser, pois sucumbir À facilidade de a todos agradar é morte, previamente, anunciada. Neste sentido constato que são poucos os media que, independentemente da vertente, conservam os espírito e a alma e, de certeza, por isso são poucos os que se mantêm no auge por um período considerável. Aliás se repararmos, e afastando a avaliação de qualidade ou ausência desta, verificamos que somente os que seguem a linha que delinearam não são derrotados.

Retomando o factor que despoletou o comentário, o aparecimento de um novo semanário nas bancas, não só é sinónimo de aumento como também de desenvolvimento. Evolução na informação e vontade de comunicar. Impõe ao leitor escolher, seleccionar e não se circunscrever À unidade disponível. Mas impinge, igualmente, aos restantes jornais não se conformarem com a perenidade nas prateleiras. Esquecendo o cariz, o intuito, o formato e a mensagem pretendida por este novato, a verdade é que veio agitar, o que é, indubitavelmente, salubre sob todas as perspectivas. Numa altura em que nos acusam de interregno intelectual comparativamente a outras facções da História inigualavelmente produtivas, é proveitoso que apareçam novos objectivos que desafiem os que já existem e obriguem o todo a pensar. Tornarmo-nos sujeitos passivos do que nos influencia, é cavarmos o buraco da manipulação alheia. Não se pode ficar incólume À mudança, especialmente, quando o ponto de partida é o receptor.

Desta forma, considero imperório apreender a dimensão do acontecimento e não o incluirmos em mais uma das trivialidades dos nossos dias. Interiorizar este nascimento como uma oportunidade conjunta. E se tal acontecer, certamente, precedemos a tempos de incremento, pois ninguém gosta de ser ultrapassado ou substituído, e isso pressupõe, obrigatoriamente, aperfeiçoamento. A mutação será inerente aos que informam e aos que são informados, e a prova é a agitação visível.

“Quem não lê, é como quem não vê”, é crucial que a cegueira não permaneça patologia característica da multidão!

 


publicado por portalegreeomundo às 12:18
link do post | comentar | favorito
Terça-feira, 12 de Setembro de 2006

A O.N.U: terá lugar amanhã?

 

Koffi Annan é o perfeito representante da instituição que incorpora. A sua imagem débil, cansada, desesperada e frustrada reflecte fielmente a imagem que se associa à ONU! Veio nas imediações da 2º Guerra Mundial substituir a inoperância de a SDN, ineficaz e obsoleta, e tende a caminhar para o mesmo fim.

A ONU, Organização das Nações Unidas, pelo seu carácter supra-estatal e internacional deveria ter um papel fulcral e preponderante na política mundial. Mas não tem!

Quando falo em ONU não me refiro só a Conselho De Segurança ou Assembleia Geral, mas de instituições com inúmeras organizações com objectivos, supostamente, isentos de conspurcação, influências ou dirigismos de líderes de potências mundiais. Imagino a ONU como um género de República de Platão, como se os seus orgãos e funcionários integrado fossem pessoas com responsabilidades acrescidas e sentido de Humanidade superior ao comum civil, incorruptíveis e certos da importância daquilo que representam. Quimera, reconheço! Pois a ONU não é mais do que a união de inúmeros países díspares no que acreditam e lutam! No entanto poderia ser dessa diversidade e confronto de diferenças que saísse o que individualmente não sucede: justiça!

O objectivo da ONU é estabilidade, erradicação dos males, irradiação de alicerces primários (educação, alimentação, inovação…), mas para lá deste carácter pacífico e harmonioso, deveria ter uma posição autoritária sobretudo sob aqueles que insistem em dominá-la me favor dos interesses isolados. A ONU perdeu a sua força porque esqueceu o seu sentido, e dai advém a frustração. O Direito Internacional que foi construindo ao longo de décadas pretende instaurar uma justiça intransponível. Analisando o que actualmente acontece e caracterizando desta forma a ONU falamos de algo que não existe! Entre uns EUA que invadem e se apoderam de um país estranho sem este ter reclamado por tal ajuda; um outro chamado Irão que não respeita as decisões da instituição nem se sente obrigado a respeitar acordos precedentes; Israel que invade e destrói todos os seus contíguos sem com isso sofrer pressões; O que ressalta como verdade ignóbil, é a hipocrisia crescente me detrimento da probidade de uma instituição.

A ONU não passa, neste momento, de uma mera figura representativa sem qualquer poder! Restringe-se À sua existência cumprindo os protocolos de visita a países beligerantes, não se impõe, não estipula prioridades, não exige! Afinal a intenção era estar acima de qualquer parcialidade, não ao serviço dela! 

A ONU não pode de maneira alguma estar confinada somente ao papel de benemérita e indulgente, é uma instituição política. E como tal tem órgãos que pretendem impor a suas medidas, está revestida de meios que devem intervir sempre que alguma das suas directrizes não é cumprida. Foi com estes pressupostos que foi criada e com estas condições que se assumiu como independente.

Deveras desconcertante é o fosso que existe entre o que era suposto ser e o que é. Culpa dos secretários-gerais que não sabem reagir a pressões externas? Culpa dos países que a incorporam que não pretendem um organização isenta? Culpa dos restantes que nenhuma influência têm, mas se restringem a essa limitação? Não sei, o facto é que o tempo é de decadência de imagem! É inolvidável a necessidade de inverter o processo, mais não seja porque a ONU é, pelo menos, esperança para muitos que esperam a sua lembrança!

É excessivamente notória a sua submissão ao imperialismo americano e países a que ao mesmo se alicerçam, assim como é evidente a distância de qualquer dos outros que resistam. Não é com passos ténues que consegue afirmar-se, mas sim com discursos tenazes e corajosos como o de koffi Annan, assumindo a crueldade de Israel durante a guerra.Mais do que qualquer outra instituição, mais do que um país a ONU tem de impor uma conduta, uma política para que os princípios que defende como invioláveis sejam na prática irrefutáveis. Palavras como paz, Humanidade, equidade não podem ser utopia numa instituição como a ONU!

 

 


publicado por portalegreeomundo às 17:46
link do post | comentar | favorito

Irão: o percursor do pan-islamismo!

Excedeu-se o tempo limite estipulado ao Irão pelo Conselho de Segurança. A ONU, demarcando-se inauditamente do autoritarismo americano, resolveu conceder um prazo com o intuito de demover as intenções nucleares de Teerão. Não obstante aos bons propósitos da condescendência, a verdade é que foi em vão, como era de prever. O mais nefasto da situação foi a irrefutável carência de acuidade da ONU, contribuindo para a já débil imagem que transporta. Isto porque não era difícil perceber que o Irão nunca iria ceder a qualquer pressão preconizada pelo Ocidente, sendo esta liderada porque país fosse. Infelizmente e vergonhosamente, a ONU é vista como o meio para o Ocidente desenvolvido concretizar os interesses da Europa dos grandes e dos três pesos pesados: China; EUA e Rússia. Portanto uma instituição repudiada por todos os avessos À hegemonia ocidental.

Este apanágio concedido ao Irão para o fazer retroceder foi um embuste, um ultraje, o inevitável era a continuidade da política que o Irão anunciou logo no início. O facto de aceitar e não resistir sequer a essa prerrogativa, a não ser via verbal, foi mais uma forma de humilhar os que se julgam detentores de influência mundial. Demonstraram estarem bem convictos e determinados quanto Às ambições relativamente ao seu país e alianças com outros. A energia nuclear, que alegam ser para fins civis, é a primeira de muitos reflexos da sua pretendida supremacia oriental e consequente confronto com os EUA. Para além do que aspiram a curto prazo e primeiramente: a produção da energia nuclear, conseguiram destabilizar e minar a coesão e força de uma facção do Mundo, a tida como “boa” e ponderada. Revelaram-se, surpreendentemente, perspicazes na forma como conduziram todo este trajecto: nunca se resignaram perante pressões exteriores e superiores; sempre contundentes à hostilidade americana, transformaram-se no paradigma muçulmano. Souberam manipular a seu favor todo o contexto político-militar subjacente (período deveras conturbado com a recente e ainda quente querela entre Israel e Hezbollah), nunca pondo em perigo a segurança do país. Apesar das sanções serem uma possibilidade, existiu e existe a consciência de que, dadas as circunstâncias, são qualquer coisa de pouco verosímil.

Depois de uma intervenção desastrosa no Iraque, dificilmente o elo anglo-americano se arrisca a declarar uma guerra sem meditar devidamente, o que implica conferências, acordos e reuniões, ou seja, muito tempo! A acrescentar o Irão ainda se sente seguro pela relutância da Rússia e China quanto à aplicação das já mencionadas sanções, países com poder no seio da ONU. Depois de uma série de ajudas goradas por parte dos EUA (como o caso do Iraque ou Afeganistão), esta insistência e consequente (presumo!) materialização do plano nuclear pode ser encarada como mais uma derrota para o mentor do Ocidente. Vitorioso sai o Irão perante o seu povo, os países contíguos e o Mundo. Fragilizou a superioridade de uma justiça internacional e reforçou a sua supremacia com os congéneres, Síria e grupos extremistas do Islão. Peremptório nos seus objectivos e dissimulado nas suas estratégias (como o apoio militar ao Hezbollah) ascende a um patamar de país a respeitar e temer!

Pior é que não nos atrevemos, sequer, a reclamar por coerência e rectidão com o que em tempos foi a sua palavra (assinatura do Tratado de não Proliferação Da Energia Atómica), pois o esquecimento da Humanidade em prol dos interesses de uma Nação é prática habitual. Assim vejo-me obrigada a subscrever a euro-deputada socialista Ana Gomes: Israel perde; Hezbollah perde; Ocidente perde e logra o Irão!


publicado por portalegreeomundo às 17:46
link do post | comentar | favorito

A democracia da nossa era…

 

Já remonta os antípodas a dificuldade, senão mesmo impossibilidade, de materializar uma qualquer ideologia. A incapacidade não reside na facção (esquerda, direita ou centro), e insiste em ser um defeito inerente a qualquer governo ou governante. No que diz respeito Às ideologias a situação até é admissível, uma vez que muitas delas estão recheadas de utopia, contudo e quanto ao regime subjacente a situação muda radicalmente de figura. O comunismo, a social-democracia, o socialismo, o fascismo, entre muitas outras, são tudo correntes cujas vertentes podem variar em função da sociedade, do tempo e até de quem lhe dá corpo no momento. Embora seja contestável a tendência, uma vez que princípios deviam ser incólumes a contextos, a situação é inelutável. Mas o mesmo não pode acontecer com os tipos de regime. A promiscuidade que se evidencia nas ideologias, nunca pode suceder nos regimes. Ou seja, democracia, tirania, anarquia, monarquia, oligarquia…quando o são, têm de o ser no sentido lato e restricto, na sua essência e pureza absoluta, sem que haja alguma dúvida do que foi escolhido.

Extraindo todo o alarmismo ou radicalismo associado, tal não acontece em muitos dos países mais desenvolvidos do mundo. Combatemos o despotismo oriental, a corrupção partidária africana, o populismo sul-americano e nem nos damos conta que a nossa democracia vai adquirindo consequências cada vez mais nefastas. A democracia pressupõe multipartidarismo, divisão de poderes, soberania do eleitorado, mas acima de tudo liberdade. Quem é eleito e governa fá-lo com legitimidade, sem dúvida, o que não implica ignorar o cidadão.

Assisti-mos a uma democracia verdadeiramente camuflada e a proximidade com os tempos em que se desenvolve impede a nossa análise e contestação. Imiscuídos na normalidade dos acontecimentos não nos damos conta da forma como muitas vezes são ultrapassados valores que temos como absolutos em prol de um programo a favor da população! Indubitavelmente, a democracia existe! Todos os seus requesitos são preenchidos até ao momento da eleição, depois inicia-se a ditadura plural, de instituições e órgãos. O problema é que agora não é em detrimento da liberdade, em favor de um déspota ou de forma exacerbada, mas em benefício do bem! Os intuitos mantêm-se: o controle da sociedade em benefício da mesma, os meios é que alteraram.

É incontestável a necessidade de assegurar muitas situações para que se alcance o bem-estar geral e isso pressupõe um certo autoritarismo, mas não todos e qualquer um. Espanha, Portugal, E.U.A, Inglaterra são países democráticos que têm contribuído para esta ideia. A forma como tentam manipular tudo começa a ganhar conotações realmente frívolas. Por exemplo o caso do tabaco, da comida, e agora até a circulação dos carros. O mais perigoso de tudo é que as medidas são proveitosas e tem como objectivo uma sociedade mais equitativa, mas o que assusta é a destruição do livre-arbítrio e da consciência humana. O que se consegue com esta política é a construção de indivíduos autómatos, submetidos a conjunto de imperativos impostos pelas leis do Estado, que se sentem obrigados a cumprir temendo as condenações posteriores e isentos de qualquer sentido de conduta devida. Somos nós quem tem de decidir se quer ou não fumar e onde o deve ou não fazer, sabendo que isso é um vício que prejudica terceiros; somos nós que tem de optar pela alimentação balançando a importância da mesma no nosso bem-estar pessoal e consequente desempenho social; somos nós que temos de analisar como o uso do nosso carro, tendo transportes públicos ou podendo ir a pé, prejudica a longevidade do planeta;

Chegámos a um extremo realmente nocivo para a noção de ser racional. O Estado promulga leis sucessivas que substituem a decisão individual e nós agimos, não de acordo com o que consideramos certo ou errado, mas em função da possível coacção. A culpa não é de um partido, mas de todos. Controlando-nos progressivamente o estado consegue dinheiro que não ganha noutros sítios, juntando o útil ao agradável, e nós tornamo-nos seres passivos, indolentes que sucumbem ao que outros estipulam estar certo, permitindo-nos em idade adulta comportarmo-nos como crianças. Talvez a próxima lei devesse exigir a leitura de Kant!


publicado por portalegreeomundo às 17:42
link do post | comentar | favorito

.mais sobre mim

.pesquisar

 

.Outubro 2007

Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3
4
5
6

7
8
9
10
11
12
13

14
15
16
17
18
19
20

21
22
23
24
25
26
27

28
29
30
31


.Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

.posts recentes

. ...

. ...

. ...

. Quando n...

. Quando a predisposição da...

. ...

. ...

. ...

. ...

. ...

.arquivos

. Outubro 2007

. Maio 2007

. Março 2007

. Fevereiro 2007

. Janeiro 2007

. Dezembro 2006

. Novembro 2006

. Outubro 2006

. Setembro 2006

. Agosto 2006

. Julho 2006

. Junho 2006

. Maio 2006

. Abril 2006

. Março 2006

.favoritos

. ...

. ...

. ...

. A...

. O cinema: um horizonte da...

. ...

. ...

. Unidad...

. A mudança ...

. Já aspira altitude…

SAPO Blogs

.subscrever feeds