Acreditámos ingenuamente que as rivalidades e paz ameaçada tinham perecido com a Primeira Guerra Mundial e subsequente queda dos impérios europeus; com a Segunda Grande Guerra e adjacente findar de colonialismos atrozes; e com o termine de uma guerra nunca começada mais tétrica que as restantes por ser a possibilidade nunca concretizada mas sempre iminente – Guerra Fria, todavia o panorama das relações entre países que habitam o mesmo planeta refuta qualquer esperança que algum dia a mudança implique o avanço sem retrocesso.
As amnistias e acordos de paz pretendem obnubilar os olhos dos cidadãos do mundo, insipientes porque nada sabem dos meandros das ligações entre potências, pelo seu carácter demasiadamente efémero. Os tratados parecem ser realizados para que o seus signatários os desrespeitam veladamente e muitas vezes levianamente. As plataformas de tempos remotos visando a paz entre países beligerantes deveriam ser conquistas perenes e portanto etapas conquistadas para a posteridade, mas são recorrentemente reformuladas pela inépcia de cumprimento dos seus protagonistas; Assistimos à emergência de um mundo novo que, não obstante a todas as mutações irrefragáveis, nos incute a sensação de déjà-vu.
No que concerne às metamorfoses que impingem alguma originalidade às quezílias de agora pela substituição dos mentores, obsequiamos a insurreição de um Médio Oriente deveras ambivalente. Composto por países que não mais aceitam a autoridade inexorável de um Ocidente indómito e simultaneamente constituído por países cuja debilidade faz deles vítimas anémicas dos apoios bélicos dos a si contíguos e marionetas das chantagens e embargos das potências mundiais ditas desenvolvidas. Os países do Caúcaso e Anatólia porque inofensivos enquanto se abria a caixa de pandora para o Ocidente e Rússia foi desde sempre subestimado, agora é o problema inextricável para aqueles que julgavam que a supremacia era eterna e exclusiva de uma parte do Mundo.
A Turquia que aspira integrar a União Europeia, mas que imputa um tremendo imbróglio aos países de quem depende o beneplácito. Dicotómica porque por um lado próxima dos Europeus politica e economicamente, na medida em que faz da laicidade e economia mista características inolvidáveis, primeiros requisitos para ingressas no grupo europeu; por outro lado longínqua quer ao nível ideológico quer social. É, ainda, uma muralha inexpugnável para o ocidente marcado e preconceituoso abraçar um país maioritariamente muçulmano. Como adjuvante à panóplia de pretextos para afastar este país abstruso levanta-se também o facto de não ceder facilmente às imposições e interesses de algumas partes integrantes da União Europeia. Depois de já ter aceite muitas das condições da EU, não está disposta a abdicar da sua hegemonia no Chipre dividido permitindo à Grécia regozijar-se; A Coreia do Norte que após tempos de pertinácia e dada a carestia do país foi compelida a prescindir da sua audácia, mas que não é, ainda, sinónimo de sossego. É um país sobejamente instável porque governado por um líder tirano cujo a ambição é sair definitivamente da insignificância que o tamanho territorial lhe impõe; a Arábia Saudita que se apercebeu das adversidades da neutralidade e seus corolários e se apressa a recuperar o seu papel de insubstituível fazendo das suas fronteiras o palco para conversações pacificas israelo-palestinianas, irradiando assim a sua importância para estes territórios em detrimento da influência de um Irão ousado ; e um Irão, talvez maior surpresa e concomitantemente preocupação da contemporaneidade. Paulatina e convictamente dispensa o rótulo de anódino de outrora, afirmando um puritanismo perigoso. Auto-suficiente a todos os níveis e isento de carência ou precariedade de qualquer índole, impede que os receosos EUA logrem a efectivação de uma chantagem com fim a que Teerão se aproxime da conduta proveitosa, à semelhança do que conseguem fazer com a Coreia, Palestina e semelhantes. Firmes nas suas pretensões nucleares não permitem aos Americanos ditarem as leis que regem Mundo e derrogam qualquer indicação dos últimos. Não consentem a posição de relegados e como tal consideram deter a mesma legitimidade que outros para prosseguir com o projecto nuclear, sobretudo quando advogam fins civis. Começam a ser desempenhar um papel crucial para diáspora xiita, apropriando-se do seu poderio bélico e financiando os contingentes xiitas de países limítrofes, caso do Hezbollah no Líbano e da minoria xiita contra a sunita no Iraque. Ludibriam o seu povo com as sua emancipação além-fronteiras fazendo-os proscrever a multiplicidade de problemas párias prementes em que o país está mergulhado, como a inflação, o desemprego crescente, a censura nefasta que faz deste país um renegado pelos cérebros que criou… Contrariando esta imagem de um Oriente poderoso, aparece um Oriente fragilizado e pungentemente dependente. O Iraque descrente e preso numa Guerra fratricida pior que as precedentes, inverteram-se os papeis de dirigentes e dirigidos, contudo a querela interna teima em persistir, erradicando e extirpando qualquer esperança de resolução definitiva e pacífica. As mortes, os ataques bombistas a universidades e escolas, carros de civis e estabelecimentos públicos são diários, Bagdad é o epicentro todavia os conflitos étnicos irradiam-se fazendo do país um autêntico campo de batalha ; o Líbano inepto na manutenção da estabilidade interna pelos apoios clandestinos de uma Síria e um Irão interessados no seu desequilíbrio. Incapaz de deter o Hezbollah assiste passivamente à disseminação das suas teias pela população ébria na sua ideologia radical e fundamentalista; a Síria que disputa com Israel o direito aos montes Golã e subrepticiamente vai aniquilando todos os intrépidos do país adjacente, o Líbano; Israel e Palestina cujo destino de eternos inimigos é prorrogado pela arrogância de alguns dos seus líderes . Do lado de Israel, Olmert que não sucumbe ás ameaças alheias e que por apoiado pelos EUA se sente seguro, insiste no direito às suas fronteiras tal como foram estipuladas em 1967 e acima de tudo ser reconhecido como Estado; Do outro lado, uma Palestina verdadeiramente debilitada porque indigente e comandada por um partido, Hamas, cuja obsessão de vingar se sobrepõe às necessidades dos seus congéneres. Vale-lhe Siniora, presidente da Autoridade Palestiniana, cuja a indulgência e transigência impede que a paz passe a quimera.
Quanto ao Ocidente a decadência e displicência é indubitável. A EU que só agora despertou para o perigo que significa ser apoiante incondicional dos EUA e percebe que é imperória a recuperação da posição de influente denotando a existência de personalidade, relegando de uma vez por todas a imagem vergonhosa de animal de estimação da política americana; os EUA que parecem querer emular a conduta de um rival do passado - Rússia -, fazendo de países europeus a sua “cortina de ferro” através da construção de novas bases na Polónia e República Checa, mas que pela primeira vez, deixam de ser o substrato indispensável pela presença de alternativas devido a ascensão de outros países. Os seus erros não são mais proscritos nem perdoados, nem as suas prescrições verdades invioláveis. Valeu-lhes a eleição repetida de um néscio para se consciencializarem que a diplomacia é primeira alternativa e a guerra sempre hipótese remota para todos; por fim, a Rússia que goza de uma hegemonia inaudita. Primeiramente porque das suas reservas energéticas depende a maioria da Europa, depois pelo direito de veto que tem no Conselho de Segurança que, em parceria com a China, consegue gorar muitas das iniciativas filantropas dos EUA.
Os tempos que se aproximam serão certamente de uma gigantesca mudança na política mundial, a dúvida reside exclusivamente no facto de inerente a ela revivermos tempos confrangedores e pungentes que julgávamos ser para todo sempre história de um século passado!
Não entendo o Mundo, a Humanidade, a espécie, o homem, a comunidade, a sociedade, o cidadão e a pessoa. Reconheço o risível desta hierarquia uma vez que o problema no último é a justificação para a decrepitude e defeitos nos anteriores. O que se passa com o que resta do ser racional? Para onde caminhamos e o que nos sucedeu para não nos interessar onde vamos parar e a como estaremos nessa altura?
Olho em redor e só vejo revoltas, desaforos, desilusões, tristeza, reivindicações e manifestações fundadas nos motivos próprios ou de um grupo mas inanes para a maioria. A subjectividade e parcialidade que nos leva a exacerbar a importância dos nossos problemas perverte qualquer razão que poderíamos ter. Será que não entendemos que viver pressupõe conviver e a última reclama abdicarmos da obsessão com o nosso umbigo? Porque será que só padecemos de uma maturidade inaudita quando o que preocupa o alheio nos é externo e distante? Porque revelamos sempre um narcisismo ignóbil? Injustiçados se somos as vítimas do que pugnamos e portanto merecedores de resolução célere do que nos angustia; objectivos, pragmáticos e indulgentes quando é longínqua a dor que atormenta outras almas. As nossas causas são verosímeis e prementes, a dos restantes são caprichos egocêntricos que olvidam o bem comum em prol do incremento do bem-estar privado. Quem consegue regozijar-se com a actualidade que ameaça ser futuro?
Procuro desesperadamente e incessantemente por valores, princípios, integridade e probidade em quem está ao meu lado e em quem se consigna arquétipo mas sou aniquilada por um sensação confrangedora de vacuidade que o malogro em não encontrá-los facilmente me imputa. Agora tudo é relativo, os erros não são perdoados mas são menosprezados e menorizados não se reclamando a sua parte benigna - a aprendizagem. O laxismo prolifera, a anomia dissemina e tudo isto faz de nos um conjunto individualista em lugar de individualizado. A identidade está relegada à extinção e em lugar desta, que nos protege de nos perdermos quanto mais não seja de nós, surge a megalomania pela similitude senão mesmo da igualdade desenfreada. Não valorizamos nem tão pouco nos apercebermos da preponderância da diferença sem esta ser inerente a uma raça ou povo e como tal corolário de uma divergência cultural ou física. Falo da diferença arbitrária, de opinião, de conduta, de comportamento e de pensamento. Apegaram-se e agora dependem dessa integração na estandardização social porque receiam a solidão consequente de lutar contra a corrente. Preferem sucumbir ao refúgio e conforto questionável de ser uma ínfima parte da multidão. Perecem os dissidentes de outrora e o flagelo é iminente.
Acabaram-se as ditaduras para o mundo ocidentalizado que se auto-entitula da vanguarda; os despotismos e as autocracias das elites ou a tirania de partidos únicos e seus mentores são lembranças remotas de uma História que assegura a sua existência; não são mais precisas revoluções que apregoem liberdade cujos sublevados não prescindiram deste indulto mesmo correndo a vida correndo riscos em prol da quimera; e o que restou destes grupos iluminados que garantiram os apanágios que agora subestimamos em conúbio com a maioria que nasceu e cresceu no sossego da segurança entregaram-se à letargia desculpando-se com a ausência de razões para se insurgir e combater!
Não queremos ver! As guerras perpetradas por móbeis que além de infundados, abjectos serão uma realidade só minha? A fome que é trivial na maioria dos países de uma África desde sempre explorada e proscrita pelo desenvolvimento será dramatização de quem se assusta com uma tibieza impressionante e beligerante com estômagos inchados pela carência do alimento diário? A corrupção endémica que faz da conspurcação uma característica inalienável ao comum dos governos será preocupação menor e negligenciável?
A carestia que me preocupa é a de consciência. A precariedade que me aterroriza é a da moralidade.
Não me coaduno e o que mais me assusta é conceber que sou eu que estou mal! Que as minhas premissas não passam de sofismas. Não obstante à fatuidade que será deprensível no que advogo, a verdade é que não consinto ou compactuo com a fleuma que se enraíza. Prefiro a presunção ao cinismo, a frontalidade, e inerente desagrado de terceiros e posterior afastamento ou condenação, a ser mais uma anémica atraiçoada pela hipocrisia que se assume como inelutável. Vivemos no tempo de paroxismo do aparente e superficial que neste caso não se prende com a futilidade ou supérfluo associadas à estética e ao físico, mas porque o que interessa é sermos como o consenso dita que sejamos, ainda que isso implique uma distância incomensurável do que se define de personalidade. Subservientes do convencional para que o contacto com o isolamento causado pelas ideias insignes se distancie. De um lado escolhe-se o protótipo porque a diferença é fastidiosa, do outro lado estigmatiza-se quem foge ao estereótipo. A socialização é profícua e proveitosa com quem se submete aos ditames da generalidade, se não há multiplicidade não há divergência e nós adoramos a estagnação. As ovelhas negras que, inexplicavelmente, insistem e persistem em manter ou mudar somente por respeito a si próprios são os arrogantes que pretendem humilhar os restantes.
Crucial é ostentar de forma a que seja indubitável o incremento mesmo que este esteja confinado a um materialismo lancinante, mas e a sensação de ascensão pessoal? Aquela que não é tangível, visível ou palpável para os que se cruzam connosco porque a desatenção com os outros é a doença do século?
O teatro também tem intervalos, os actores não representam a tempo inteiro, anseio pelo cansaço da protagonista: uma humanidade que fez do homem marioneta de axiomas execráveis.
Os meios de comunicação são ainda e definitivamente por muito tempo, um quarto poder. O título foi-lhes atribuído aquando disseminação da democracia no pós-Revolução Francesa e teima em não ser obsoleto. Desde sempre foram encarados como um pólo distante do inócuo, razão pela qual desde os seus primórdios são alvos de tentativas ou concretizações de influências. Primeiramente, régias e depois partidárias. O motivo de deterem, paralelamente a outras faculdades, a capacidade de manipular a opinião pública deve-se ao facto de conseguirem consubstanciar duas qualidades difíceis de unificar: a procura do emissor e a atenção do receptor.
As características que reúnem poderão traduzir defeitos ou qualidades, serem associadas ao ominoso ou valorizável, ao pernicioso ou benigno dependendo obviamente da forma como os media se apropriam delas. Informação, opinião, factos, contactos, testemunhas, fontes são algumas das matérias-primas com que trabalham diariamente e lhes permite ter uma panorâmica geral e completa do que testemunham e pretendem trespassar. Não obstante a toda a evolução e progresso de que têm sido vítimas incrementando a exigência de eficácia, a verdade é que tendência tem sido de afastamento do que era suposto ser finalidade primordial e, consequentemente, a desilusão daqueles que estão cientes das funções dos meios de comunicação.
Têm o monopólio da influência porque a manipulação é oblíqua, dissimulada e furtiva. À semelhança da intoxicação pela inalação do gás, que não se sente mas a morte aproxima-se, aqui não se coage a pensar de uma certa forma mas limitam-se os alicerces para que se pense da forma antagónica à pretendida. Através da informação porque precedente ao acto da transmissão existe um processo complexo de selecção, interpretação e reconstrução. Sem nos darmos conta somos conduzidos a encarar e analisar o respectivo acontecimento de uma determinada maneira, e este comportamento, desiludam-se os ludibriados pela isenção ou total imparcialidade do jornalismo, não é inconsciente pela parte que o fomenta, ou seja, os arquitectos da notícia. Notícias não são sinónimo da realidade, mas fruto de um prisma que na altura foi sugerido por terceiros, benéfico à organização ou resultado da subjectividade do profissional, de forma alguma censurável porque acima de tudo é humano e portanto vitima dos defeitos da sua condição. As notícias são ilusões muito bem engendradas, o reflexo de uma suposta realidade que se está refractada não pode ser essa realidade porque é apenas um seu retrato denotando uma óptica e como tal questionável. Dão ideia de coerência, linearidade e clarividência dos factos que as propiciaram, todavia, o processo que as antecede é um imbróglio de interesses e prioridades promíscuas e difusas.
O ignóbil de tudo o que advogo não é o acto, mas sim a sua prorrogação revestida de propósitos nefastos e deploráveis. Será que não reparamos na celeridade das notícias alusivas a certos protagonistas e a morosidade associada a acontecimentos onde os precursores são dissidentes por alguma razão? Porque será que certas guerras, querelas e quezílias fratricidas e mundiais demoram tanto a alcançarem o estatuo de notícia e a merecerem cobertura diária e outros são imediatamente notícia mesmo que a calamidade seja menor face a catástrofes limítrofes? Porque é que Darfur demorou tanto tempo a ser considerado pelos media um dos maiores flagelos da contemporaneidade e a guerra civil Iraquiana é uma sequência constante de episódios onde todos os dias sabemos o número de mortes? A vida também é avaliada e valorizada em função da proximidade?
O conceito de sociedade de massas só veio agravar esta tendência e a passividade da audiência agudizá-la.
O entretenimento é outro dos móbeis que faz de nós detentores de uma opinião partilhada e comum à maioria. Não temos muita escolha, o que nos impossibilita a opção de sermos selectivos. A nossa televisão é comprovativo do que atesto. Em quatro canais, e mesmo divergindo no substrato que os sustenta (Estado ou privados), confinam-se a novelas sucessivas onde a disparidade é apenas no sotaque. Os programas culturais são inusitados porque não vale a pena maçar as pessoas com qualquer coisa que exorte o pensamento, afinal de contas pertencermos a um todo massificado tem as suas adversidades. Andamos extenuados da rotina fatídica e a paciência é um bem escasso. Recorrente é a carência de vontade de aprender e incrementar. Crescente é a obesidade do ócio cognitivo em conúbio com o físico. Onde estão as séries, os filmes, os debates, as entrevistas no horário nobre e obedecendo a alguma frequência? Não se reclama uma desproporcionalidade ou a inversão do que sucede actualmente e assim aborrecer a população com o excesso(?!) de sapiência e conhecimento, apenas se reivindica uma maior equidade. Primeiro porque apesar da supremacia pertencer sempre à maioria, acho que as minorias, que não são elites mas apenas pessoas com outras prioridades, não devem ser negligenciadas. Não percebo, portanto, como é admissível que haja espaço para três novelas seguidas e o programa que espoleta o confronto de ideias esteja relegado a um dia numa semana de sete. Em segundo lugar porque também não sei até que ponto é que esta preferência imputada à audiência é verdadeira e crível. Será que os responsáveis pela estipulação da programação são realmente indulgentes conferindo e tentando corresponder sempre às nossas preferências ou essas predilecções são impelidas e criadas pelos media porque favorecem os seus intuitos? Caso se verifique a primeira, a critica é dicotómica. O mal é de ambas as partes: do público, que rejeita acerrimamente a diversidade e assim se encontra num estado deveras preocupante e alarmante ; dos meios de comunicação porque se aproveitam desse estado de indolência mental e em lugar de o erradicarem, fomentam-no; caso seja a segunda hipótese a corrente, a culpa é exclusiva, pois neste caso os abjectos e vilões são unicamente os meios de comunicação, fazendo da sua audiência um aglomerado de mártires de finalidades frívolas. Atendendo ao facto do ser humano ser inquestionavelmente preocupado com o outros, sempre que isso é meio para o seu fim, corroboro ambas.
A audiência não é incólume porque, se não se encontra satisfeita, não pugna e contribui para a manutenção desta programação unilateral. Os media porque apregoam ser o estandarte dos gostos dos seu público, quando a sua programação é o resultado de uma simbiose do útil e do agradável. Abominam a posição de perdulários e emulam a conduta do contido evitando as expensas inerentes a outro tipo de programas que não se justificam, porque o público não gosta, supostamente e convenientemente!
Exige-se demais de um alicerce social que é constituído somente por homens! É indubitável a necessidade de subsistir e para tal têm que, obrigatoriamente, agradar para que a publicidade não pereça. Condenável é o facto dessa publicidade desfrutar da hegemonia na organização e índole da prgramação. Censurável é a forma como a ambição de lograr abater os concorrentes obnubila aquela que deve ser a primeira ambição dos media: não oferecer o que a população quer ouvir mas o que tem e precisa de saber!
No tempo em que se emancipam os blogues e a supremacia é da opinião sem escrutínio ou consideração da credibilidade, é premente que os meios de comunicação se demarquem, garantindo o profissionalismo e não cedendo novamente ao proselitismo ou sensacionalismo. O paradigma deve ser o jornalismo do ilustre Pulitzer: a informação social, acessível a todos, garantindo, contudo, a instrução e educação que devem ser inerentes.
Não obstante à ameaça que a inernet representa para os media convencionais, a verdade é que mantêm a posição de monopolística no que concerne à cultura, sabedoria e informação exigindo-se portanto uma postura catalisadora. Têm uma irrefragável influência no que os rodeia: política, economia, educação, ensino e, como tal, sob a Humanidade. Se olharmos para nós constatamos que os meios de comunicação tem negligenciado o seu trabalho. É fulcral não proscreverem o que Coreia Jesuíno um dia prescreveu: “ servir o povo na sua tripla dimensão de informar, distrair e educar, significará, pois, informar com verdade e isenção, distrair com qualidade e educar fomentando o gosto pelo raciocínio, pelo exame das causas, pela análise das situações e pelo conhecimento dos problemas”.
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